HERANÇA E EXÍLIO - A Herança de Hastur e O exílio de Sharra
Fala meu povo do flor. Invernado de férias, quase no frio das Hellers, volto a alguns cantos de Darkover. Acabei de ler A Herança de Hastur e O exílio de Sharra, dois dos meus livros preferidos da adolescencia, agora na versão "omnibus edition".
Bem, a minha veia cômica não poderia deixar de inicar destacando as diferenças entre minha leitura traduzida, aos quatorze anos, e minha leitura original, atual. Como eu era inocente, Deuses! Eu não fazia noção do que realmente rolava entre Regis e Danilo, eu pensava que a raiva do Danvan Hastur era simplesmente por que o Danilo era de uma casta inferior. Sabe nada, inocente! Dessa vez peguei detalhes que antes passavam despercebidos, mas ainda assim é uma história muito bem escrita, nunca vulgarizando a relação dos dois.
HERANÇA E EXÌLIO é importante porque está cheio de chaves para todos os livros que vem depois. Como li tudo em ordem bagunçada, eu costumava pensar que a Deborah Ross tinha inventado coisas nos livros posteriores (eu tinha me esquecido de detalhes como Javanne Hastur e seus filhos, o irmão do Lew Alton, Ashara...). Os livros escritos pela Deborah, me pareceram então ainda melhor escritos pois ela soube como observar todas essas chaves, atentando a datas, idades, parentescos...
Lew e Regis são brilhantemente apresentados nesse trabalho. Lew, meio darkovano meio terráqueo, constantemente atormentado, primeiro por seu pai que lutou contra tudo e todos para ter os direitos de herança de Lew reconhecidos. Depois ele se envolve na rebilião de Sharra, no Domínio há muito banido do Comyn, Aldaran, um círculo selvagem de telepatas rouba uma antiga matriz da Era do Caos, Sharra, e tentam a utilizar como uma arma contra os terráqueos para requerer status no Império e demonstrar poder. Mas o poder é incontrolável, eles queimam uma cidade inteira, pessoas morrem. Muitas aliás. Marion dizia que Lew era um alter ego dela mesma no mundo que criou. Nesses dois primeiros livros em que aparece, fica bem clara a beleza e a imensa angústia permanentemente em conflito no personagem.
Regis parece literalmente o héroi da lenda, só que decomposto. Ele não começa a saga como um héroi transcendental, intocável. Não, ele é bastante humano, cheio de medos, inseguranças e o conflito desenvolvido ao longo dos livros entre sua homossexualidade e seu dever para a política darkovana.
Não vou dar muito spoiler, senão perde a graça para quem não conhece. Mas eu pensava que era um dos melhores livros da séria Darkover, e eu estave certo, é mesmo.
Bem, a minha veia cômica não poderia deixar de inicar destacando as diferenças entre minha leitura traduzida, aos quatorze anos, e minha leitura original, atual. Como eu era inocente, Deuses! Eu não fazia noção do que realmente rolava entre Regis e Danilo, eu pensava que a raiva do Danvan Hastur era simplesmente por que o Danilo era de uma casta inferior. Sabe nada, inocente! Dessa vez peguei detalhes que antes passavam despercebidos, mas ainda assim é uma história muito bem escrita, nunca vulgarizando a relação dos dois.
HERANÇA E EXÌLIO é importante porque está cheio de chaves para todos os livros que vem depois. Como li tudo em ordem bagunçada, eu costumava pensar que a Deborah Ross tinha inventado coisas nos livros posteriores (eu tinha me esquecido de detalhes como Javanne Hastur e seus filhos, o irmão do Lew Alton, Ashara...). Os livros escritos pela Deborah, me pareceram então ainda melhor escritos pois ela soube como observar todas essas chaves, atentando a datas, idades, parentescos...
Lew e Regis são brilhantemente apresentados nesse trabalho. Lew, meio darkovano meio terráqueo, constantemente atormentado, primeiro por seu pai que lutou contra tudo e todos para ter os direitos de herança de Lew reconhecidos. Depois ele se envolve na rebilião de Sharra, no Domínio há muito banido do Comyn, Aldaran, um círculo selvagem de telepatas rouba uma antiga matriz da Era do Caos, Sharra, e tentam a utilizar como uma arma contra os terráqueos para requerer status no Império e demonstrar poder. Mas o poder é incontrolável, eles queimam uma cidade inteira, pessoas morrem. Muitas aliás. Marion dizia que Lew era um alter ego dela mesma no mundo que criou. Nesses dois primeiros livros em que aparece, fica bem clara a beleza e a imensa angústia permanentemente em conflito no personagem.
Regis parece literalmente o héroi da lenda, só que decomposto. Ele não começa a saga como um héroi transcendental, intocável. Não, ele é bastante humano, cheio de medos, inseguranças e o conflito desenvolvido ao longo dos livros entre sua homossexualidade e seu dever para a política darkovana.
Não vou dar muito spoiler, senão perde a graça para quem não conhece. Mas eu pensava que era um dos melhores livros da séria Darkover, e eu estave certo, é mesmo.
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