Sunday, BLOODY SUNday.

O Sol Vermelho

Um dos livros mais bem escritos da saga Darkover na minha opinião. Acabei de ler pela terceira vez, agora dentro de um ritmo de histórias darkovanas que me impus. Li os livros de uma maneira muito espaçada e esqueci muita coisa, agora estou relendo o máximo possível e assim resgato vários pontos perdidos da história.

Quem nunca se sentiu como o Jeff Kerwin? Lutando por desvendar o próprio passado pra poder viver o presente em paz, mas sem pertencer a nenhum lugar ? Eu já fui o Jeff Kerwin em muitas situações, meu pai é evangélico e minha mãe espírita, quase como um terráqueo e uma darkovana.

Li na comunidade darkovana do orkut alguém reclamando que não existe um livro que conta a história da Cleindori, mas esse livro é O Sol Vermelho. Escrita de uma forma genial, a história é contada meio de trás pra frente e através das memórias guardadas na matriz da Cleindori. Uma das histórias mais lindas em Darkover e um dos livros mais visuais.

Acho que Darkover não daria um bom filme e nem uma boa série de TV. A não ser que fosse um grande estúdio que resolvesse fazer algo épico como o Harry Potter, qualquer outra tentativa de produção dessa série pra tela seria cagar a obra da Marion. E infelizmente a série Darkover não tem o mesmo apelo comercial que Harry Potter e por isso acho que nunca veremos isso numa produção cinematográfica bacana. Mas pensei uma coisa que poderiam fazer por Darkover. Um desenho animado, estilo desenho japonês, mas aproveitando só os cenários e efeitos especiais, não aqueles olhos imensos ridículos, as figuras precisariam ser humanas mesmo.

Um desenho animado super bem produzido com o tema Darkover. Seria incrível.

Mas voltando ao Sol Vermelho, vocês não sentiram um ar meio 1984 no livro? O lance do Jeff ser um espião inconsciente infiltrado pelo Império? Aquela coisa de terem apagado todos os arquivos que faziam referência à infância do Jeff em Darkover? Mas o Sol Vermelho é de 1979, quem será que começou a escrever sobre paranóia governamental o Orwell ou a Marion?
Sei que gostei muito desse viés de teoria da Conspiração que aparece no livro e o modo como ela fecha a história também é muito bacana, nesse livro ela responde todas as dúvidas deixadas no ar!

E por fim, o epílogo do livro, numa espetacular prova de que a Marion jamais deu a mínima para continuidade, é a história de como a Kindra, da Casa da Guilda das Renunciantes em Thendara, descobriu e acolheu a Camilla. Mas isso deveria ter sido mostrado bem lá atrás no fim de A Corrente Partida.

Mas enfim, perdoemos a incoerência cronológica da nossa amada escritora.


Comentários

  1. A Marion realmente não se importava tanto com continuidade, o que ela queria era contar uma boa história!
    E interessante seu paralelo com 1984 do Orwell, apesar de eu achar que essa questão de "conspiração" é um tema sempre presente em obras literárias. Mas com certeza foi ele quem escreveu primeiro, pois 1984 foi escrito em 1948 na verdade!

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